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Vereador Siderlane Mendonça é investigado por esquema de “rachadinha” e doações fraudulentas

Foto: Reprodução

O vereador Siderlane Mendonça (PL), afastado do cargo nesta sexta-feira (25) pela Polícia Federal no âmbito da Operação Falácia, é suspeito de liderar um esquema de desvio de recursos públicos por meio de doações fraudulentas realizadas por servidores ligados ao seu gabinete. A investigação aponta que o grupo teria movimentado aproximadamente R$ 245 mil, principalmente durante as eleições municipais de 2020.

De acordo com as apurações, funcionários nomeados na Câmara Municipal de Maceió eram orientados a devolver parte de seus salários ao parlamentar sob a forma de “doações de pessoas físicas” à campanha eleitoral. A prática, conhecida como “rachadinha”, consiste no repasse indevido de parte dos vencimentos dos servidores ao político responsável pela nomeação, seja em dinheiro ou no pagamento de despesas pessoais.

Embora o termo “rachadinha” não conste expressamente no Código Penal, a conduta é passível de enquadramento em crimes como peculato, concussão, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, conforme análise dos investigadores.

Durante a operação, a PF apreendeu documentos, agendas, anotações, dinheiro em espécie, aparelhos celulares e um veículo. Os materiais foram recolhidos tanto no gabinete de Siderlane na Câmara quanto em outros endereços ligados ao grupo investigado.

O vereador, que está em seu terceiro mandato consecutivo e foi reeleito em 2020 com 7.377 votos, se pronunciou por meio de vídeo nas redes sociais. Ele afirmou estar em Brasília em viagem de trabalho no momento da abordagem policial e alegou desconhecer o conteúdo das investigações.

“Fui surpreendido pela polícia agora pela manhã aqui num hotel em Brasília. É verdade, aproveitaram que eu viajei a trabalho e mandaram a polícia me fazer uma citação judicial. Recebi a citação e já encaminhei ao meu advogado. Os fatos serão apurados porque até então eu nem sei do que se trata e em breve serão esclarecidos”, declarou.

Ao todo, a Polícia Federal cumpre 21 mandados de busca e apreensão nos municípios de Maceió e Rio Largo, além de 17 medidas cautelares, em investigação que mira uma organização criminosa envolvida em crimes eleitorais, corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de verbas públicas.

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