Por: TNH1
Um grupo de moradores bloqueou, na tarde desta terça-feira (3), um trecho da rodovia AL-101 Norte, em Riacho Doce, litoral norte de Maceió, em protesto contra a prisão de um homem de 43 anos condenado por estupro de vulnerável. A ação foi realizada por amigos e familiares do réu, que afirmam acreditar em sua inocência.
Segundo informações, o protesto começou por volta das 12h40 e envolveu a queima de pneus e galhos, além de manifestações com cânticos religiosos. A via foi liberada minutos depois, às 12h52.
O homem foi condenado a 25 anos de prisão por abusar sexualmente da filha quando ela ainda era menor de idade. De acordo com a investigação conduzida pela Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), os abusos teriam ocorrido entre os 12 e 14 anos da vítima, dentro da casa da família. A prisão foi cumprida mediante mandado expedido após sentença condenatória.
Durante o protesto, uma das filhas do condenado deu entrevista à imprensa, negando que os abusos tenham ocorrido. Segundo ela, a denúncia feita pela irmã teria motivações pessoais.
“Sou filha dele, isso não aconteceu. Estávamos sempre juntos em casa. Ela queria sair, morar com o namorado. Meu pai não aprovava totalmente, talvez por isso ela tenha feito essa acusação”, afirmou, preferindo não se identificar.
Outros familiares também se manifestaram, incluindo um irmão do réu, que disse confiar no caráter do acusado.
“Ele foi julgado e condenado injustamente. Conheço bem meu irmão, acredito na inocência dele”, declarou.
Um morador da região, que não é parente do condenado, também participou do protesto e afirmou conhecer o homem há décadas.
“Estamos falando de uma pessoa trabalhadora, réu primário, pai de família. Sempre demonstrou ser um cidadão de bem.”
Condenação
De acordo com a Polícia Civil, os abusos ocorreram de forma recorrente, geralmente duas a três vezes por semana, e envolviam toques forçados e beijos. Os relatos da vítima foram considerados consistentes durante a investigação, e o caso resultou em condenação judicial.
A defesa do condenado ainda não se manifestou publicamente sobre a possibilidade de recurso.
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