Foto: Reprodução
A Polícia Civil de Alagoas investiga possíveis contradições no depoimento da mãe da recém-nascida Ana Beatriz Silva de Oliveira, que teria sido sequestrada na última sexta-feira (11), nas proximidades da BR-101, em Novo Lino, interior de Alagoas.
Segundo o delegado Igor Diego, responsável pelo caso, a mãe da criança, Eduarda Silva de Oliveira, de 22 anos, apresentou uma nova versão para o suposto sequestro, diferente da que havia relatado inicialmente. A mudança levantou suspeitas e ampliou as linhas de investigação.
“Pela nova versão, não teria existido o carro, nem as pessoas que ela mencionou anteriormente. A dinâmica dos fatos é completamente diferente. No entanto, por questões de sigilo, não podemos revelar detalhes agora, pois hoje será um dia importante de diligências”, disse o delegado.
Na primeira versão, Eduarda afirmou que aguardava o ônibus escolar com a filha recém-nascida e o outro filho, de cinco anos, quando um grupo em um carro modelo Classic, de cor preta, teria se aproximado e levado a bebê. Os suspeitos teriam fugido em direção a Pernambuco.
Desde então, equipes da DRACCO (Divisão de Repressão a Crimes Cibernéticos e ao Crime Organizado) atuam em uma força-tarefa com o apoio da Polícia Civil de Pernambuco. Um carro com as mesmas características descritas pela mãe foi localizado em Vitória de Santo Antão (PE). No interior do veículo, havia três placas automotivas diferentes.
Um homem foi preso, suspeito de envolvimento no crime, mas alegou ser despachante do Detran e que as placas seriam de veículos em regularização. Ele foi liberado após prestar depoimento.
Até o momento, a bebê Ana Beatriz ainda não foi encontrada. A polícia tem recebido diversas denúncias sobre recém-nascidos com características semelhantes, mas nenhuma das crianças localizadas corresponde ao perfil da desaparecida.
“Estamos checando todas as informações. Recebemos relatos de bebês com 10 a 15 dias de vida em diversas localidades, mas até agora não é a Ana Beatriz. Seguimos investigando cada denúncia”, afirmou o delegado Igor Diego.
As investigações seguem em sigilo, e a polícia pede que qualquer informação sobre o paradeiro da criança seja repassada pelo Disque-Denúncia 181. O anonimato é garantido.
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