Por: Cézar Feitosa/Folhapress
foto:Agêmcia Brasil
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (28) a solicitação de informações complementares sobre o quadro de saúde do ex-presidente Fernando Collor. O magistrado requisitou acesso ao prontuário médico, histórico de atendimentos e exames que comprovem o diagnóstico de doença de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar.
Moraes também decretou sigilo sobre os documentos médicos e indicou a possibilidade de convocação do neurologista Rogério Tuma, responsável pelo acompanhamento clínico de Collor, para prestar esclarecimentos.
A defesa do ex-presidente, que foi preso na última sexta-feira (25) sob acusações de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, pleiteia a concessão de prisão domiciliar, argumentando que o político, de 75 anos, apresenta condições de saúde delicadas que exigem cuidados contínuos, como o uso de medicamentos controlados e consultas médicas regulares.
Antes de decidir sobre o pedido, Moraes solicitou parecer do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Em petição encaminhada ao STF, o advogado Marcelo Bessa destacou que, além da idade avançada e das comorbidades, Collor não apresenta risco de reincidência criminal nem ameaça à ordem pública ou econômica.
O pedido de prisão domiciliar foi acompanhado de um laudo assinado pelo neurologista Rogério Tuma, que atesta que o quadro de Parkinson do ex-presidente está “bem controlado”, mas pode se agravar caso haja interrupção no tratamento medicamentoso e no uso do aparelho CPAP, utilizado para o tratamento da apneia do sono.
Sobre o transtorno afetivo bipolar, o médico alertou que fatores como estresse, falta de medicação, distúrbios no ciclo de sono e ambientes hostis podem comprometer a saúde mental de Collor, resultando em episódios de ansiedade e depressão.
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