Foto: Reprodução
Nesta quinta-feira (22), uma operação conjunta das Polícias Civil e Militar de Alagoas, batizada de Operação Comando Vermelho, foi deflagrada com o objetivo de desarticular uma célula da facção criminosa que atua em diversas regiões do estado. A ação resultou na prisão de 12 pessoas, além da apreensão de aproximadamente R$ 100 mil em espécie, armas de fogo — incluindo uma pistola .40 de uso restrito e armamentos com numeração raspada.
Apesar do resultado expressivo, o principal alvo da operação — apontado como líder da facção no estado — continua foragido. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), ele estaria escondido no Morro do Alemão, no Rio de Janeiro, um local de difícil acesso. A operação cumpriu 17 mandados de prisão e 45 de busca e apreensão, expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, em bairros de Maceió e no Conjunto Gislene Matheus, em Marechal Deodoro.
A investigação aponta que os suspeitos integram uma organização criminosa ligada ao Comando Vermelho, responsável por crimes como tráfico de drogas e homicídios registrados em cidades como Marechal Deodoro, Roteiro e São Miguel dos Campos. Segundo a SSP, a operação é fruto de meses de monitoramento, análise de dados e atuação técnica especializada.
O delegado João Marcello, diretor da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), informou que as armas apreendidas serão periciadas para verificar se foram utilizadas em assassinatos cometidos na região nos últimos meses. Ele também destacou que as buscas por foragidos seguem no Rio de Janeiro, onde diversos membros da facção alagoana estariam escondidos.
“Temos vários foragidos, muitos deles no Rio de Janeiro. O líder do Comando Vermelho em Alagoas, por exemplo, tem diversos mandados de prisão contra ele e está escondido no Morro do Alemão, uma área de difícil acesso para a polícia”, explicou o delegado.
A ofensiva mobilizou mais de 350 policiais e teve o apoio de diversas autoridades da segurança pública, incluindo o secretário Flávio Saraiva, o delegado-geral Gustavo Xavier, o comandante-geral da PM, coronel Paulo Amorim, e o delegado Gustavo Henrique, chefe da Inteligência Integrada da SSP.
O volume da operação demonstra a gravidade da ameaça representada pela organização criminosa e a resposta coordenada das forças de segurança para conter sua atuação em território alagoano. As investigações continuam com foco na prisão dos foragidos e na responsabilização dos envolvidos.
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