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Governo Trump oferece US$ 1.000 e passagens para migrantes que aceitarem deixar os EUA voluntariamente

Por: Follhapress

O governo do ex-presidente Donald Trump anunciou nesta segunda-feira (5) um novo programa que oferece ajuda financeira de até US$ 1.000 (aproximadamente R$ 5.600) e apoio logístico, como passagens aéreas, para migrantes que optarem por deixar voluntariamente os Estados Unidos. A medida, segundo o Departamento de Segurança Interna (DHS), visa reduzir os custos do processo tradicional de deportação.

De acordo com o DHS, o valor gasto atualmente para prender, manter sob custódia e deportar um imigrante sem documentação gira em torno de US$ 17 mil (cerca de R$ 95 mil). Ao incentivar a saída voluntária, o governo espera cortar até 70% desses custos.

O programa já foi utilizado por um cidadão hondurenho, que obteve uma passagem aérea de Chicago para retornar ao seu país de origem. “Se você está aqui ilegalmente, a autodeportação é a forma mais segura, rápida e econômica de deixar os Estados Unidos e evitar a prisão”, declarou a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, em nota oficial.

Menos deportações que na gestão anterior

Apesar da retórica dura de Trump sobre imigração, os números mostram que seu governo deportou menos pessoas do que a gestão de Joe Biden em período equivalente. Desde 20 de janeiro, foram 152 mil deportações, número inferior aos 195 mil registros entre fevereiro e abril do ano passado sob o governo democrata.

O programa é parte de uma estratégia mais ampla de Trump para pressionar migrantes a deixarem o país por conta própria. A abordagem inclui ameaças de multas elevadas, suspensão de autorizações temporárias de permanência e o uso de centros de detenção com histórico de condições severas, como Guantánamo e a penitenciária Cecot, em El Salvador.

Uso de aplicativo e perspectiva de retorno

A autodeportação pode ser solicitada por meio do aplicativo CBP Home, relançado em março. A ferramenta, que havia sido usada na gestão Biden para facilitar a entrada legal de migrantes, agora permite que estrangeiros se candidatem ao retorno assistido aos seus países. O DHS descreve a iniciativa como uma “oportunidade histórica” para os que desejam sair voluntariamente.

Durante uma reunião ministerial em abril, Kristi Noem estimou que entre 20 e 21 milhões de pessoas estariam em situação irregular nos EUA. O governo classifica como “criminosos” todos os imigrantes que entraram no país sem visto ou autorização, incluindo alguns que abriram pedidos de asilo durante a gestão Biden.

Apesar da promessa de que os que deixarem o país de forma voluntária podem preservar a chance de retorno legal, o DHS não detalhou nenhum mecanismo concreto para que isso ocorra.

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